Amazilia viricauda
Em quéchua,
língua inca, beija-flor é q'inti. E as regiões peruanas possuem muitos deles,
intercalando-se dos altiplanos andinos às florestas tropicais daquele país. Não
à toa, há sítios arqueológicos ligados à cultura inca que têm como nome
"Wayna Q'inti" (jovem beija-flor) e "Machu Q'inti" (velho
beija-flor). Ambos os locais ficam no distrito de Urubamba. Visitamos essas
localidades nos primeiros dias do mês de janeiro de 2018. E, de fato, há muitos
beija-flores entre as construções incas. Alguns, inclusive exclusivos da região
(eis o endemismo), como é o caso do Amazilia
viricauda.
No caso dessa
espécie os registros ocorreram em Machu Picchu, mas especificamente na trilha
que leva do Santuário até a entrada do povoado de Machu Picchu, também chamado
de Águas Calientes. Mas mesmo entre as construções incas, lá no alto da
montanha, vimos o camaradinha. Ao lado, a umidade impera em uma manhã de
janeiro nas ruínas de Machu Picchu.
Endêmico do
leste andino peruano, o Amazilia
viricauda trata-se de uma ave que habita as florestas úmidas peruanas entre
1000 e 2500 metros, justamente a faixa de altitude onde vimos o camaradinha da
foto. Não possui um nome popular na língua portuguesa, mas, se fossemos
traduzir do inglês, seria beija-flor verde e branco (green-and-white
hummingbird). Só consegui identificar a espécie com auxílio de
outros observadores de aves do Internet
Bird Collection.
Alimenta-se
do néctar das plantas, porém não dispensa, quando a oportunidade lhe convém,
alguns artrópodes. Não pesa mais do que seis gramas (os machos), e mede entre
10 e 11 centímetros. Chama a atenção o fato de que não há muitas informações
sobre a espécie, mas a mesma não se encontra em risco de extinção.
Referências
Biliográficas:
https://en.wikipedia.org/wiki/Green-and-white_hummingbird
https://en.wikipedia.org/wiki/Machu_Q%27inti
https://www.hbw.com/species/green-and-white-hummingbird-amazilia-viridicauda
http://www.iucnredlist.org/details/22687506/0
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